sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Mixórdia de tradições

Não será tanto uma mixórdia de temáticas como o nosso querido RAP diz, mas é uma mixórdia de tradições. Há uns anos, comecei a reparar que havia uma lacuna em termos de tradições no meu Natal (tirando a árvore e o desgraçado do bacalhau, que já está tão batido). Como é importante ser-se criativo e dar substância às coisas, abracei e incorporei eu própria uma série de tradições. Escolhi algumas que me parecem fazer sentido e outras que são mais próximas do meu coração. E outras porque são bonitas, simples, inócuas e benéficas.


Se em Portugal ao longo dos anos temos assistido serenamente à importação de tradições que se enraizaram como ervas daninhas como o S. Valentim, o samba no Carnaval ou o Halloween, porque não adoptar outras tantas que são saudáveis e não fazem mal nenhum (pelo contrário)? Eu adoptei novas tradições. E naquelas que dizem mais respeito à família, tenho a grande sorte de a minha ser muito prá frentex, e as ideias foram acolhidas.

Ei-las (tradições de Natal e não só):


- O Remembrance Day: eu cresci a ouvir histórias de um avô e de um bisavô que combateram entre 1914-18, na Primeira Guerra Mundial, que não foi menos violenta nem menos sangrenta que a Segunda, muito pelo contrário. O segundo domingo de Novembro serve para homenagear e nunca deixar cair no esquecimento os nossos familiares e tantos outros que lutaram em conflitos armados.


- Acção de Graças: não é servir peru, nem fazer disto uma solenidade (ou um filme de Hollywood). É uma simples reunião de amigos e/ou família, num fim-de-semana do final de Novembro. Marca o início da quadra natalícia (compensando de alguma forma o facto de certas famílias terem que se dividir no Natal) e serve para agradecer estarmos juntos e o que temos de bom. A expressão de gratidão é salutar e nunca fez mal a ninguém. O dia de Acção de Graças é uma win-win situation, cá é que ainda ninguém viu isso (com olhos de ver).


- acender as quatro velas do Advento, nos quatro domingos antes do Natal. Um costume que existe cá, mas que é uma tradição socialmente muito mais arreigada na Escandinávia: é bonita, muito singela e permite começar a assumir verdadeiramente o espírito de Natal em casa.


- em Dezembro ou Janeiro vai-se ver um espectáculo qualquer. Um bailado, um concerto, uma peça de teatro, qualquer coisa bela e inspiradora (tudo menos circo, needless to say).

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