sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Complexo fraterno?

Freud esqueceu-se de explicar isto (ou, se explicou, avisem-me). Atentemos no estranho caso de homens que são apaixonados pela irmã. Nunca viram nenhum? Eu, infelizmente, já. E, sim, é tão creepy quanto parece. Quer dizer, homens apaixonados pela mãe, ok, é chato, muitíssimo chato, sobretudo para as mulheres ou namoradas, mas enfim, há Édipo, há Freud, a gente sabe que mãe é mãe, e mãe há só uma, pronto, ainda se tenta compreender. Mas paixão pela irmã, é creepy demais.

2 comentários:

  1. Por acaso conheço um caso assim.
    Uma amiga minha tem um irmão gémeo que tem uma relação estranha com ela. Há sempre uma necessidade da parte dele de controlar todos os movimentos dela.
    Tenta manipula-la como pode, insultando a inteligência ou resiliência dela, tentando sempre diminuí-la em todas as circunstâncias possíveis, fazendo birras porque se atrasa 5 minutos ou não faz as coisas como ele quer, também a manipula através da mãe. Quando a minha amiga conhece algum rapaz de quem gosta ele dedica-lhe os seus mimos especiais, com direito a gritaria e berreiro histérico ou até mesmo telefonemas a meio da noite à mae... porque a minha amiga saiu com um gajo e ainda não voltou para casa e instalando assim o pânico (a mãe acaba por embarcar nesse jogo).
    Sempre achei isso muito estranho
    E sempre fiquei na dúvida do que gera esse tipo de comportamento... será complexo de inferioridade? será dependência patológica? será um amor mal dirigido e mal gerido? será tudo misturado? Deve ser um misto. Penso que complexo fraterno se aplica muito bem.

    Este caso em particular irrita-me de sobremaneira.
    Já senti umas vontades valentes de lhe dar um par de estalos bem assentes (ao irmão).
    Fico sentida por uma pessoa tão gentil, generosa e boa ser destratada dessa forma (a minha amiga).
    E fico sempre surpreendida com a tolerância que ela tem aos devaneios do irmão.

    Beijinho Zozô
    Joana

    PS: o livro da clarisse que mencionei antes é a compilação das crónicas que ela fez para um jornal.

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  2. Realmente, é muito estranho. A relação entre irmãos pode ser extremamente forte, mas no sentido positivo, e felizmente são mais esses os casos que vejo, claro. Mas sabe-se lá que mecanismos regem a mente humana...
    A atitude do outro irmão, isto é, daquele que se sujeita a um controlo absurdo, é que deveria fazer toda a diferença: deveria amar o irmão, mas tomar consciência da situação, libertar-se e não se subjugar.

    É como no caso que eu conheci. Aqui foi o contrário: uma irmã mais nova (ainda por cima casada e com um filho pequeno) que exercia um poder manipulador e egoísta sobre o irmão, só que era muito subtil e maliciosa. E o irmão, uma pessoa inteligente e esclarecida, solteiro e mais velho uns anos, condescendia em submeter-se! Incrível!

    Quanto ao livro, obrigada pela sugestão de leitura, Joana! Tenho de o ler.
    Bjnhs e bom fim de semana! :)

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