quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dégas e Veermer ao almoço




Se eu alguma vez trabalhasse perto de Trafalgar Square, juro-vos: era certo e sabido onde iria passar todos os minutos que me sobrassem da minha hipotética hora de almoço.


É já um cliché, mas sinceramente, nunca cessa de me causar um profundo espanto a proximidade e a naturalidade do contacto com o legado de génios artísticos, em sítios abençoados como a National Gallery (ou similiares).


Basta apenas querer, dar um passo e entrar num edifício para que (de forma completamente gratuita), eu, uma pessoa anónima, de nacionalidade portuguesa, igual a todas as outras pessoas vulgares deste mundo, possa ter a dois palmos do meu nariz as eternas bailarinas de Dégas, as cores aveludadas de um quadro de Veermer, os contornos indefinidos de um Renoir, os milhentos pontinhos de Seurat ou os contrastes de sombras e luzes de um Caravaggio.


Continuo a achar isto extraordinário, after all these years.

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